As Boticas no Portugal Moderno: Os Receituários Particulares
sábado, às 16h
CONVERSA NO HOSPITAL…
pela professora doutora Isabel Drumond Braga
O primeiro registo da atividade de botica em Sesimbra vem referido no Foral de D. Manuel I, de 1514, quando menciona as quantias a pagar por «… outras coisas de botica …», incluindo várias substâncias e plantas que teriam propriedades medicinais, pelo que se poderá deduzir a existência deste profissional na região desde finais do século XV. Existe também referência, desde finais do século XIX, às duas farmácias existentes na vila de Sesimbra. A Farmácia Lopes, a mais antiga, e carinhosamente apelidada pela população como a Farmácia de Cima,
localizada junto à Capela do Espírito Santo dos Mareantes, é a fiel depositária de um espólio material e documental que atesta a evolução da arte farmacêutica na vila.
No âmbito da mostra, realiza-se, às 16 horas, uma conversa na Capela com o tema As Boticas no Portugal Moderno: Os Receituários Particulares, que tem como oradora Isabel Drumond Braga, professora de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Os escassos receituários portugueses da Época Moderna integram o acervo por longo termo, que, desde 2001, faz parte da categoria livros de segredos. A par das receitas claramente culinárias, encontramos conselhos úteis sobre vários temas como higiene, beleza e economia
doméstica e, em quantidade assinalável, mezinhas e várias prescrições específicas do âmbito da farmacopeia. Por vezes, a fronteira entre cozinha e botica não é clara, de tal modo que alguns manjares eram empregues na cura pela dietética, uma vertente da arte médica.
- Às 17 horas será inaugurada a exposição A Arte Farmacêutica em Sesimbra em Finais do Século XIX
Local: Capela do Espírito Santo dos Mareantes, Sesimbra