Câmara, Assembleia Municipal, Junta de Freguesia do Castelo e cidadãos manifestam-se pelo encerramento do aterro do Zambujal
O presidente e vereadores da Câmara Municipal de Sesimbra, vários deputados da Assembleia Municipal, a presidente da Junta de Freguesia do Castelo e perto de meia centena de cidadãos concentraram-se na manhã 19 de novembro junto ao Aterro do Zambujal, que continua a laborar apesar de ter visto a licença revogada, prejudicando o ambiente e a saúde e bem-estar dos cidadãos.
Autarcas e cidadãos quiseram, deste modo, mostrar o seu descontentamento face ao incumprimento das medidas de encerramento decretadas há mais de um ano pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, entidade que licencia este tipo de aterro.
«É incompreensível que ainda estejamos nesta situação, num momento em que este processo está em investigação, e quando já passou cerca de ano e meio desde a revogação da licença por parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo», referiu o presidente da autarquia, Francisco Jesus, que sublinhou a importância da mobilização da população neste processo. «Sentimos que, a par de tudo o que tem sido feito pelos órgãos autárquicos para que seja cumprido o encerramento do aterro, há um maior envolvimento dos cidadãos, e ainda bem que assim o é, porque este é um problema sentido pelas populações que é preciso parar», concluiu.
Os cidadãos alegam sentir-se afetados com os cheiros provenientes do aterro e com as eventuais consequências para a saúde público. Por este motivo, estão a preparar várias iniciativas para mostrar a sua indignação, entre elas uma marcha lenta no dia 29 de novembro, que vai terminar junto ao aterro.
Recorde-se que ainda há poucos dias a Câmara Municipal enviou uma notificação à Comissão de Coordenação Regional de Lisboa e Vale do Tejo relativa ao aterro do Zambujal, no qual considera inadmissível que, apesar de ter havido uma revogação de licença, continuem a ser depositados e queimados resíduos sem que haja qualquer intervenção das entidades competentes. O mesmo documento seguiu também para o ministro do ambiente e ministério público.
Tanto a Câmara Municipal como a Junta de Freguesia do Castelo têm feito tudo o que está ao seu alcance para travar este verdadeiro atentado ambiental.