Museu Marítimo de Sesimbra recebe prémio Inovação e Criatividade da APOM
O Museu Marítimo de Sesimbra foi distinguido, no dia 10 de dezembro, entre mais de duas centenas de candidaturas de museus de todo o país com o prémio Inovação e Criatividade da Associação Portuguesa de Museus (APOM).
O anúncio foi feito durante a 25.ª edição da Cerimónia dos Prémios APOM, que comemora este ano o 55.º aniversário, num modelo online devido às medidas de prevenção da pandemia, e na qual participou a Ministra da Cultura, Graça Fonseca.
O Museu de Sesimbra venceu com o projeto “Programação Participada e Inclusiva. Museu Marítimo de Sesimbra: Um Museu da Comunidade”.
Esta não é a primeira vez que o Museu Marítimo é reconhecido a nível nacional e internacional. Em 2017, um ano após a sua abertura ao público, o Museu Marítimo foi também distinguido pela APOM com uma Menção Honrosa, o Prémio Serviço Extensão Cultural/Serviço Educativo e o Prémio Aplicação de Gestão e Multimédia.
Em 2019, foi segundo classificado no prémio IberMuseus, com o projeto Museu Fora de Portas. O mesmo projeto recebeu também o Prémio de Mérito Social no âmbito do Concurso Melhores Municípios Para Viver 2019.
Em 2020, o Museu venceu a primeira edição do Prémio Autarquia do Ano, na categoria Cultura e Património - Cultura Popular. O prémio foi atribuído pelo Lisbon Awards Group.
É ainda o único museu português entre os 61 nomeados para o prémio Museu Europeu do Ano.
Um “baú de memórias”
O Museu Marítimo de Sesimbra abriu ao público em 2016, na Fortaleza de Santiago, em Sesimbra. Criado a partir de doações efetuadas, desde 1981, pela comunidade piscatória, é, pela sua índole, a extensão do “álbum de fotografias” das famílias sesimbrenses, e, também, uma espécie de “baú” das memórias que devem ser transmitidas à geração seguinte.
Reúne um vasto espólio que dá a conhecer a ligação de Sesimbra ao mar, das quais se destaca um cepo de âncora com cinco mil anos associado à navegação no período romano e um conjunto de anzóis e pesos de rede situados entre 2500 e 200 a.C., as peças mais antigas deste espólio.
As artes de pesca e o Rei D. Carlos
Como viajavam os pescadores de Sesimbra, as devoções marinheiras e marítimas, as várias artes de pesca, o Parque Marinho e o rei D. Carlos são algumas das temáticas que ocupam os vários espaços do equipamento.
Muitos dos objetos expostos foram cedidos por pescadores ou famílias de pescadores sesimbrenses e pertenceram a embarcações ou lojas de companha. Parte das maquetas são da autoria de autores sesimbrenses, e muita da informação disponível foi compilada e trabalhada em colaboração com os nossos homens do mar, gente de um conhecimento imenso.
As novas tecnologias ao serviço da história
Para além disso, com recurso a novas tecnologias é possível consultar uma base de dados com "marítimos" de Sesimbra e as principais rotas e pesqueiros utilizados pelos nossos pescadores, observar o fundo do mar num aquário virtual ou conhecer a formação deste território desde o tempo dos dinossáurios num vídeo em 3D.