Assembleia Municipal atribuiu Prémio Espichel 2019 a Augusto Pólvora e António Reis Marques
«Augusto Pólvora e António Reis Marques foram diferentes nos caminhos que trilharam, mas foram semelhantes no amor à sua terra. Com os seus contributos, estes dois filhos de Sesimbra marcaram a nossa vida».
As palavras pertencem a Odete Graça, presidente da Assembleia Municipal, na cerimónia de atribuição do Prémio Espichel 2019 aos dois insignes sesimbrenses, num Auditório Conde de Ferreira vestido a rigor, e repleto de familiares e amigos dos homenageados, representantes de diversas entidades e eleitos locais, entre os quais os presidentes da Câmara Municipal e das Juntas de Freguesia de Santiago, Castelo e Quinta do Conde, que se associaram ao acontecimento.
Augusto Pólvora foi distinguido a título póstumo, na área Social e Profissional, e António Reis Marques, na área Artes e Letras.
Na sua intervenção, Odete Graça destacou a determinação, a inteligência, a visão de futuro, e o sentido de responsabilidade de Augusto Pólvora nas funções que desempenhou ao longo da vida. «Um grande sesimbrense com quem tivemos a honra e o privilégio de trabalhar em prol do concelho. Fica-nos o seu exemplo de dádiva e de sabedoria humanizadora», reforçou.
O prémio foi entregue nas mãos dos filhos de Augusto Pólvora, Afonso, Diana e Diogo, na presença da viúva, Teresa Pólvora, da mãe do antigo autarca, Maria da Conceição, e da irmã, Isabel. «Sentimo-nos muito honrados e felizes com este tributo», declarou Teresa Pólvora.
Sobre António Reis Marques, a autarca sublinhou que «é um homem com verdadeira dedicação à salvaguarda dos valores da vida sesimbrense», em alusão aos cargos ocupados ao longo da vida, aos longos contributos à cultura, e às obras. Neste particular, Odete Graça lançou um repto ao homenageado: «não se sabe o que ainda pode estar na forja».
«Cumpre-me agradecer esta distinção que tanto me honra, e que ganha maior significado por também ter sido hoje atribuída a Augusto Pólvora, a cuja memória me curvo», salientou António Reis Marques. «Quero partilhar este prémio com todos os que me deram ensinamentos e me abriram as portas do conhecimento», acrescentou, referindo-se a vários amigos com quem partilhou muitos momentos da sua vida.
A homenagem foi abrilhantada com poesia, por Álvaro Bizarro e Francisco Valverde Arsénio, uma palestra de Maria José costa, sobre o peixe da costa de Sesimbra, e um apontamento musical por parte de Luís Taklin.
O Prémio Espichel foi instituído pela Assembleia Municipal em 2003, para reconhecer e evidenciar o mérito de pessoas singulares e coletivas por atos relevantes que tenham influência direta na vida do concelho ou que constituam uma forma de promoção de Sesimbra, em Portugal e no mundo. Este prémio é atribuído no dia 24 de março, data do falecimento de Joaquim Ferreira dos Santos, conhecido por Conde Ferreira, que ocorreu em 1866.