Arquivos Pessoais
EAGP - Espólio Abel Gomes Pólvora
O espólio de Abel Gomes Pólvora foi cedido ao Arquivo Municipal de Sesimbra, pela filha Maria Eugénia Monteiro Caldeira Alvim Pólvora Braz, no ano de 2010.
O Eng.º Abel Gomes Pólvora nasceu a 29 de agosto de 1884, em Santana, e assumiu cargos relevantes em diferentes instituições na vila de Sesimbra, nomeadamente, a presidência da Câmara Municipal (1921 a 1926), a provedoria da Santa Casa da Misericórdia (1917 a 1920), onde veio a introduzir importantes melhoramentos nas instalações do hospital, e fundou o Corpo de Bombeiros Voluntários de Sesimbra, onde veio assumir o 1º comando em 1927.
Em 1920 é-lhe prestada homenagem pública (Diário do Governo, II Série, 15 de Janeiro de 1920, p. 219)15Fonte de informação: Dissertação de mestrado: “As Elites e as Classes Populares em Sesimbra, 1890-1926, II Volume de Belarmina Maria Sousa Vieira, janeiro de 2002 e a 25 de julho de 1926 fundou o jornal O Cezimbrense, do qual foi diretor e proprietário.
Abel Gomes Pólvora foi ainda um importante publicista. Assim, veio a participar no IV Congresso Nacional de Bombeiros, que teve lugar em Tomar no ano de 1934 e onde apresentou uma comunicação sobre a “Organização de Postos contra Incêndios Rurais. No VI Congresso Nacional de Bombeiros, em Portalegre, 1938, apresentou a tese “As Corporações de Bombeiros e os Serviços de Socorro a Náufragos e publicou ainda uma série de obras: “O eucalipto” (1914), “Laranjeiras e limoeiros” (1915), “A cultura da batata” (1917), “A identificação dos Animais” (1938)16Fonte de informação: Jornal O Sesimbrense, 15 de julho de 2007, pag 6 e 7, “O Eucalypto e a sua acção medicinal” (1935) e “Campos em chamas” (1938) . Teve ainda a oportunidade de colaborar em publicações como o Diário de Notícias, Diário de Lisboa, Zoófilo, no Boletim da Liga dos Bombeiros Portugueses.
Devido a todo o seu trabalho foi agraciado com várias medalhas: a medalha de ouro da Académie du Dévoument National de Paris, a medalha de ouro da Associação Protectora dos Animais, a medalha de prata dos Socorros a Náufragos e várias medalhas da Cruz Vermelha, entre outras. Faleceu em Lisboa a 14 de fevereiro de 1966.
O espólio documental está acondicionado em 1 caixa desacidificada, com a mais variada documentação, 24 fotografias, 1 negativo de vidro, 5 galhardetes, publicações periódicas, 1 livro, apontamentos, braçadeira com emblema dos Bombeiros Voluntários de Sesimbra, devidamente higienizada e organizada.
Para além dos formatos documentais referidos anteriormente, existem 3 quadros na mapoteca, 2 sobre a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Lisbonenses e 1 diploma da Sociedade de Geografhia.
A documentação é de carácter histórico, a baliza temporal situa-se entre 1916 e 2009.
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Pré-inventário
PAGP - Espólio do Padre António Gomes Pólvora
Este espólio, que integra documentação do Padre António Gomes Pólvora e do Padre José António Gonçalves de Carvalho, foi entregue à guarda do Arquivo Municipal em 2012 e integrava a documentação que se encontrava no edifício da Junta de Freguesia do Castelo, desconhecendo-se o respectivo percurso até esse local.
O Padre António Gomes Pólvora nasceu a 24/07/1882 em Sesimbra. No ano de 1909 foi colocado como pároco na Capela da Misericórdia de Sesimbra22Fonte de informação: Jornal O Sesimbrense, 1 de fevereiro de 2015, pág. 13. Mais tarde, em 1943-44, foi Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Montijo e considerado como uma das mais importantes figuras da Igreja Católica na cidade do Montijo no séc. XX. Em homenagem pelo seu legado espiritual e pela sua entrega ao Montijo, o município homenageou-o e consagrou-lhe um Largo a que atribuiu o seu nome. Faleceu em 1956.
A documentação é de carácter histórico, cronologicamente situa-se entre 1898 e 1951.
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Séries e subséries
- SR Padre António Gomes Pólvora (1914/1951)
- SSR Diplomas/Certificados
- SSR Documentação literária
- SSR Publicações periódicas
- SR Padre José António Gonçalves de Carvalho (1898/1934)
- SSR Diplomas/Certificados
- SSR Correspondência recebida
- SR Padre António Gomes Pólvora (1914/1951)
ECFS - Espólio Carlos Fernando da Silva
Este espólio foi doado ao Arquivo Municipal pelo amigo pessoal António Braz de Oliveira. Carlos Fernando da Silva, mais conhecido entre as gentes de Sesimbra por Pé-Curto, faleceu ainda novo, numa ação falhada.
A organização do espólio Carlos Fernando da Silva obedeceu a uma análise cuidada da documentação incorporada, criando-se para a sua classificação secções, séries, subséries, identificadas alfanumericamente e correspondentes às tipologias documentais. Este fundo, está organizado em 3 caixas desacidificadas. O acervo estende-se por um período cronológico entre 1854 e 1980.
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Secções, séries e subséries
SC Documentos de carácter pessoal (1854/1980)
- SR Anotações
- SR Brochuras
SC Documentos de carácter político (1975/1980)
- SR Otelo Saraiva de Carvalho
- SR Sindicatos dos trabalhadores da função pública
- SR Propaganda Política
- SR Comunicados
- SR Manifestos de carácter político
SC Impressos Informativos (1934/1980)
- SR Cartazes
- SR Publicações Periódicas
- SR Recortes de jornal
- SR Folhetos/Panfletos
- SR Boletins
- SR Manifestos
SC Manuscritos (1973/1980)
- SR Correspondência recebida/expedida
- SSR Correspondência recebida
- SSR Correspondência expedida
SC Mapas de localização (S/data)
SC Movimentos Associativos (S/data)
FCC - Fundo Caetano Carapinha
Fundo doado pelo proprietário da documentação, Caetano Carapinha, dono do restaurante Maré, localizado na vila de Sesimbra.
A organização do fundo Caetano Carapinha obedeceu a uma análise cuidada da documentação incorporada, criando-se para a sua classificação secções, identificadas alfabeticamente, correspondente a documentação de carácter histórico para o concelho de Sesimbra, bem como documentação pessoal. A baliza temporal situa-se entre os anos de 1899 a 1906. Este fundo, está organizado em 1 caixa desacidificada.
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Secções
ELEJBV - Espólio Literário de Eduardo Jorge Bagagem Vizinho
Eduardo Jorge Bagagem Vizinho, filho de Luís António Vizinho e de Quitéria Júlia Bagagem Vizinho, nasceu em Lisboa no ano de 1936/37? e faleceu a 24 de Março de 2000 no Hospital da CUF, em Lisboa, aos 63 anos de idade.18Fonte de informação: Boletim de Óbito: assento nº 486/2000 de 24 de Março de 2000
O irmão, João Bagagem Vizinho, foi vice-presidente da Câmara Municipal de Sesimbra em período anterior ao 25 e Abril de 1974.
Eduardo Jorge Bagagem Vizinho desempenhou funções no Posto de Turismo de Sesimbra (havendo o registo em reunião de câmara do pedido de aumento do seu salário19Fonte de informação: Livros de reunião de câmara, com destaque para as actas de 3/6/1957 e de 17/6/1957: FCMS/B/A/01Lv.032-1957), e foi director do Boletim do Clube de Campismo Estrela, em Mafra, durante o ano de 196720Fonte de informação: URL: http://www.clubecampismoestrela.pt/ [consultado em 22.06.2017].
O espólio de Eduardo Jorge Bagagem Vizinho foi doado à Câmara Municipal de Sesimbra pelas herdeiras do autor e foi recebido na Câmara Municipal sob proposta do Presidente da Câmara Amadeu Silva Penim.
Este espólio encontra-se à guarda do arquivo municipal, sendo composto por documentos literários; poemas manuscritos e dactilografados; poemas publicados no jornal O’ Sesimbrense. A baliza temporal situa-se entre década de 50 e a década de 80.
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Séries
- SR Cadernos de poemas (1959 a 1980)
- SR Conjunto de Poemas Soltos (1997)
- SR Textos Dactilografados (1954 a 1978)
FJA - Fundo João Aldeia
João Augusto das Dores Aldeia nasceu em 19 de Janeiro de 1952, filho de Fortunato Evangelista Aldeia, com a profissão de serralheiro mecânico e originário de uma família sesimbrense de pescadores, e de Isabel das Dores Custódio Aldeia, originária de uma família camponesa de Silves.
João Augusto das Dores Aldeia fez a instrução primária em Alhos Vedros, onde o pai trabalhava, como mecânico, na indústria corticeira. Aos 11 anos a família regressou a Sesimbra, onde o pai abriu a oficina de serralharia-mecânica João E. Aldeia & Irmão, Ld.ª, na rua Cândido dos Reis, 52 (antiga oficina do António da "Roda").
Na juventude, ingressou na Banda da Sociedade Musical Sesimbrense, onde se manteve até ao início dos anos 1980, como clarinetista.
Ingressou, em 1973, na redação do jornal O Sesimbrense, onde integrou o grupo que promoveu a campanha e a proposta (entregue ao Governo em Janeiro de 1974) para criação do Parque Marítimo da Baía de Sesimbra, tendo publicado neste jornal vários artigos e reportagens sobre a comunidade piscatória, sob a supervisão direta de Rafael Alves Monteiro e Orlando Victorino.
Foi Director do jornal O Sesimbrense entre Agosto de 2008 e Janeiro de 2013 e ao longo do ano de 2018.
Fez o ensino secundário na Escola Emídio Navarro, em Almada (Curso Geral do Comércio), frequentando depois o Instituto Comercial de Lisboa e, a partir de 1972, o Instituto Superior de Economia. Neste Instituto participou ativamente na luta estudantil, ingressando na organização Estar na Luta, ideologicamente subordinada ao agrupamento maoista Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado – MRPP. Ingressou também na Comissão de Luta Contra a Repressão – CLCR e no Movimento Popular Anti-Colonial – MPAC. Todas estas organizações desenvolviam intensa atividade propagandística contra o regime político vigente, através de comunicados, reuniões de alunos e comícios, manifestações de rua, pinturas clandestinas nas paredes, etc.
Em consequência desta atividade política, foi preso, em Coimbra, na madrugada do dia 12 de Março de 1974, tendo sido transferido no mesmo dia para a prisão de Caxias, onde foi mantido até ao dia 11 de Abril do mesmo ano.
Após a Revolução de Abril de 1974, embora continuando a estudar na Universidade de Lisboa, funda em Sesimbra a Associação Sesimbrense de Cultura Popular, cuja primeira atividade pública foi a Exposição de Fotografias de Sesimbra, em Julho/Agosto de 1974. Em Janeiro de 1975 fundou o jornal Povo de Sesimbra (cujo nº 1 teve a designação de Voz de Sesimbra), que dirigiu até ao último exemplar publicado, em Outubro de 1976.
Desempenhou funções de economista nas Câmaras Municipais de Setúbal (desde 1979) e de Sesimbra (desde 2004).
Foi docente de Teoria Económica e de História Económica e Social, desde 1990 até 2008, no Pólo de Setúbal da Universidade Moderna, na qualidade de Professor Auxiliar Convidado.
Foi um dos fundadores do Instituto de Investigação e Inovação de Setúbal (em 1991), e um dos acionistas fundadores da Sociedade de Desenvolvimento Regional de Setúbal – SOSET.
Desempenhou as funções de Provedor do Leitor do jornal digital Setúbal na Rede entre Julho e Dezembro de 2006, e foi membro da Provedoria do Leitor do mesmo jornal entre Janeiro de 2007 e Fevereiro de 2008.
Desde Agosto de 2008 é diretor do jornal O Sesimbrense.21Fonte de informação: Informação cedida pelo proprietário da documentação, Dr. João Augusto das Dores Aldeia
Os 349 documentos que integra o fundo refletem o essencial das atividades cívicas e profissionais que tem desempenhado, estão acondicionados em 4 caixas desacidificadas, ocupando 1 metro linear. O acervo estende-se por um período cronológico entre 1951 e 1982.
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Secções
SC Documentos Provenientes da Autarquia Local (1958 a 1980)
SC Documentos de Carácter Oficial (1793 a 1959)
SC Documentos de Carácter Político (1974 a 1979)
SC Movimento Associativo (1898 a 1981)
SC Acontecimentos e Eventos Socioculturais (1957 a 1982)
SC Correspondência (1923 a 1972)
SC Sociedade Roquette e Cª. Lda. (1954 a 1972)
SC Mútua dos Armadores da Pesca da Sardinha (1954 a 1968)
SC Pagamentos (1959 a 1974)
SC Facturas e Guias de Remessa (1959 a 1969)
SC Impressos Informativos (1912 a 1984)
SC Fotografias (s/data)
SC Partituras (s/data)
SFLETR - Subfundo Luís Eduardo Távora Rodrigues
Este subfundo integra documentação proveniente do Museu Municipal, doada em março de 2017 por Luís Eduardo de Távora e Miranda Borges Rodrigues, sendo constituído por um conjunto de fotografias datadas de 1940.
Luís Eduardo Rodrigues, nasceu a 20 de janeiro 1963 na Ilha de Moçambique, desenhador de profissão, têm memórias afetivas de Sesimbra. Na baía onde aprendeu a nadar, sob a supervisão do seu tio Arnaldo nos finais da década de 60, os seus primeiros mergulhos entre as rochas cobertas de algas e pequenos peixes na praia que fazia a ligação entre os passadiços e a praia do porto de abrigo. Nos regressos a casa, depois de uma manhã de praia, a paragem obrigatória para ver os “monstros marinhos” (espadartes/tubarões) pendurados num pórtico de madeira em frente ao Hotel Hspadarte, da lota na praia junto à fortaleza. Como descreve Luís Eduardo Rodrigues, “Sesimbra foi e continuará a ser o jardim-de-infância para muitas gerações de mergulhadores”.
A maioria das fotografias foram tiradas por Eduardo José de Castro e Távora de Vasconcelos Araújo Miranda, avô materno de Luís, nascido a 30 de maio de 1910 em Lisboa, jornalista de profissão. Das 80 fotografias que integram o acervo, 4 fotografias são coloridas sendo as restantes a preto e branco, refletem férias em família, banhos nas praias, piqueniques, passeios de barco em Sesimbra e costa da Arrábida. As dimensões das fotografias vão desde 4 x 6cm até 12,4 x 17,3cm.
Estão acondicionadas em 1 caixa desacidificada, ocupando 0,40 metros lineares.
ERM - Espólio Rafael Monteiro
Rafael Alves Monteiro nasceu em Sesimbra a 18 de Maio de 1921, no seio de uma família de recursos modestos, vindo a morrer no Sanatório do Barro, perto de Torres Vedras, a 20 de Fevereiro de 1993, com 72 anos de idade, vítima de doença pulmonar prolongada.
Em vida e de forma breve, pode dizer-se que Rafael Monteiro foi um sesimbrense que se destacou em função do seu trajeto intelectual, fruto de um trabalho contínuo e aplicado de aprendizagem por iniciativa própria. Autodidacta, dedicou a sua vida ao estudo da história local, tendo versado sobre diversas temáticas, com especial incidência sobre o concelho de Sesimbra.
O presente espólio foi aquirido, por compra, pela Câmara Municipal de Sesimbra, em 1993, ao herdeiro legítimo de Rafael Monteiro, tendo ficado à guarda do então designado Departamento Sócio Cultural. A 7 de julho de 2000, o Arquivo Municipal de Sesimbra recebeu nas suas instalações toda a documentação histórica (material não livro), continuando os livros à guarda da Biblioteca Municipal.
A documentação foi organizada arquivisticamente. Foram realizadas ações de conservação e restauro documental, com vista à sua salvaguarda. Está acondicionado em 25 caixas, contendo 154 peças, 52 maços, ocupando 3 metros lineares, datado do Século XVI a XX.
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Secções e séries
SC Documentos provenientes de Autarquias (1760 A 1946)
- SR Câmaras
- SR Juntas
SC Documentos de Caracter Religioso (1666 a 1951)
- SR Hinos Religiosos
- SR Inventário de bens religiosos
- SR Livros de Irmandades Religiosas
- SR Educação
SC Documentos de Caracter Oficial (1627 a 1949)
- SR Documentos provenientes das Finanças
- SR Escrituras e outros actos notariais
- SR Documentos Cíveis
SC Documentos provenientes da Associação de Socorros Mútuos de Sesimbra (1894 a 1899)
- SR Propostas de sócios
- SR Livro de recibos
SC Documentos Produzidos por Rafael Monteiro (1894 a 1967)
- SR Correspondência de Rafael Monteiro
- SR Mapas do Castelo
- SR Documentos elaborados por Rafael Monteiro
- SR Documentos diversos
FMFG - Fundo Manuel Figueiredo Garcia
Fundo doado pelo Sr. Manuel Figueiredo Garcia, da Universidade Sénior da Quinta do Conde, em dezembro de 2019. Este fundo é constituído por cartas da época da guerra colonial (1961-1974), mapa das estradas de Moçambique e caderneta escolar. Foi adquirido por compra a um alfarrabista.
O arquivo do fundo Manuel Figueiredo Garcia foi doado à Câmara Municipal de Sesimbra através de um protocolo em regime de transferência de suporte.
Ficou à guarda do arquivo a documentação digitalizada, sendo devolvida a documentação original em suporte de papel.
Este fundo ocupa cerca de 1 TB em disco rígido.
(Este fundo encontra-se em tratamento, não dispondo de quadro de classificação definitivo)