Prevenção da Lagarta do Pinheiro
No início de cada ano regista-se da presença da Processionária do Pinheiro no solo. Ainda que em escala reduzida, poderão verificar-se focos de lagartas em locais onde as plantas foram tratadas. Para minimizar o contacto com esta lagarta, que pode provocar problemas de saúde a pessoas e animais, a autarquia vai colocar avisos em locais considerados de risco de contacto.
Esta medida faz parte de um conjunto de ações de prevenção e controlo da lagarta conhecida por Processionária do Pinheiro, de que são exemplo a aplicação de microinjeções nas árvores nos espaços públicos e em escolas, e a eliminação de ninhos desta espécie, após a sua deteção.
O aumento das temperaturas nesta época pode gerar a antecipação da descida das lagartas e aumenta o risco de se verificarem dois ciclos por ano desta praga.
Para minimizar este problema, nos casos em que o tratamento com as microinjeções não é totalmente eficaz, a autarquia adotou, a título experimental em zonas de risco, a instalação de armadilhas para evitar que as lagartas consigam descer dos pinheiros.
Importa, no entanto, referir que a autarquia não pode intervir nos terrenos privados, onde a responsabilidade no controlo da processionária é dos proprietários.
Assim, durante este período, é recomendada toda a atenção e redobrado cuidado, sobretudo com crianças e animais de companhia.
O que é a Processionária do Pinheiro?
A processionária, vulgarmente conhecida como lagarta do pinheiro, é uma espécie desfolhadora que pode parasitar pinheiros e cedros. O seu nome deve-se ao facto de formar longas procissões de lagartas que se dirigem das árvores para o solo, onde irão crisalidar. Nos últimos anos, em Portugal têm-se observado ataques de elevada intensidade, devida, principalmente, às condições climatéricas.
Em ambiente urbano, este inseto deverá ter uma vigilância constante e um combate urgente e atempado, dadas as consequências que pode provocar em termos de saúde pública.
Os principais grupos de risco são as crianças e os animais, uma vez que, no ser humano, os seus pelos urticantes podem causar alergias cutâneas, e em situações mais graves, asfixia. Nos animais provocam danos que se manifestam particularmente nas patas e na boca.
Pinheiros em domínio privado
Os pinheiros que se encontram em domínio privado são da responsabilidade do proprietário, assegurando o mesmo o controlo e/ou a remoção da lagarta do pinheiro.
Ciclo de vida da Processionária do Pinheiro
• Fase aérea (de julho a setembro)
Nesta fase, a lagarta assume a forma de uma borboleta que após sair do casulo, acasala e faz a postura de ovos nas folhas do pinheiro. Por vezes não são facilmente detetadas, pois têm hábitos noturnos.
• Fase terrestre (de setembro a fevereiro)
Depois da eclosão dos ovos, as lagartas passam por cinco fases de crescimento. A partir da terceira ganham os pelos urticantes. É também nesta altura que começam a formar os ninhos brancos que se veem no cimo dos pinheiros, para se poderem abrigar do mau tempo. Quando termina a sua formação iniciam a sua última fase do seu ciclo de vida.
• Fase subterrânea (de janeiro a abril)
As lagartas iniciam a descida até ao solo em procissão, em busca de um lugar onde se possam enterrar para formar um casulo e transformar-se novamente em borboleta. Assim se inicia novamente o seu ciclo de vida.
Medidas de prevenção e controlo da espécie
• Antes do final da primavera, aconselha-se a colocação de armadilhas sexuais para captura das borboletas macho nos pinheiros atacados.
• Entre setembro e novembro, nos primeiros estádios de desenvolvimento das lagartas, os tratamentos com inseticidas, efetuados com produtos autorizados, são eficazes.
• Entre novembro e dezembro, a destruição dos ninhos limita o desenvolvimento da praga.
• De janeiro a abril, na altura das procissões, pode-se intersetar e destruir as lagartas antes que estas se enterrem no solo, por exemplo, com recurso a cintas adesivas, ou funis/garrafões colados às árvores, ou com a instalação de ninhos de chapins.
Recomendações do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas e da Direção-geral de Saúde, para a resolução do problema da processionária, para os pinheiros localizados em domínio privado
• Tentar capturá-las quando descem pelo tronco cintando este, numa extensão de 50 centímetros a um metro, com plástico ou papel embebidos nas duas faces com cola inodora.
• As lagartas possuem pelos urticantes que também se encontram espalhados pelos ramos e nos ninhos.
• No solo, juntá-las com o auxílio de um ancinho, vassoura de jardinagem ou qualquer outro utensílio semelhante.
• Queimá-las ou esmagá-las com suavidade para não provocar a projeção dos pelos, como reação defensiva.
• Proceder à poda do pinheiro, removendo os ramos afetados.
• Qualquer que seja o meio de luta escolhido, é indispensável o uso de luvas, vestuário apropriado para proteção de todo o corpo, e máscara de proteção para nariz e boca.
Mais informações
tel.: 21 228 85 82
ambiente@cm-sesimbra.pt