DESPORTO: Travessia da Baía reúne cerca de 300 atletas
José Polido, vereador com o Pelouro do Desporto, na entrega dos prémios, destacou o número de participações que «comprova, de ano para ano, a importância da competição a nível nacional».
Para o autarca também as condições climatéricas foram fundamentais para o sucesso da iniciativa. «Este magnífico dia possibilitou aos participantes uma prova tranquila e aos familiares e amigos um dia pleno de verão, e que tenham aproveitado ao máximo o dia e a nossa bonita vila».
Com temperaturas acima dos vinte graus, no ar e na água, os federados foram os primeiros a entrar no mar e cinco minutos depois seguiram-se os não federados.
Ricardo Cotovia, do Sporting Clube de Portugal, foi o primeiro a chegar à meta, com o tempo de 18 minutos e 26 segundos. Embora não estivesse à procura da vitória o jovem, que participa na iniciativa há três anos, mostrou-se surpreendido por ter alcançado o primeiro lugar. «Vim participar na desportiva, estou em pré-época e tenho feito poucos treinos por isso ganhar não estava nos meus planos», disse, acrescentando «que só na última boia e ao ultrapassar o meu colega Mário, que ficou em segundo, é que percebi que ia vencer a Travessia».
Para o sesimbrense Jaime Penim, que participou pelo segundo ano consecutivo, o mais importante é conseguir terminar a prova. «Este ano nadei lado a lado com um amigo e consegui que também ele chegasse à meta, e este é sempre o objetivo principal», revelou.
Já João Mafra, que participou pela primeira vez, garantiu que esta não é uma prova fácil e recomenda uma preparação prévia. «É preciso estar minimamente preparado fisicamente porque a prova exige muito de nós e sem preparação é muito complicado».
Também Clara Silva juntou-se a uma amiga e decidiram realizar a Travessia da Baía pela primeira vez. «Foi um desafio que superou as minhas expetativas, porque a prova real é bastante diferente dos treinos e ter chegado ao fim é uma grande conquista», assegurou.
Conhecedora da realidade de muitos concelhos limítrofes Clara assegura que Sesimbra está na linha da frente no que respeita à promoção do desporto e de estilos de vida saudáveis «o que é fundamental e muito positivo para os munícipes».
Este ano, a Travessia da Baía foi aberta a participantes nascidos no ano 2000, o que para José Freitas, técnico da natação da Sociedade Filarmónica União Artística Piedense (SFUAP), é motivo de satisfação acrescida.
«Abrir as portas aos escalões mais novos veio enriquecer ainda mais esta prova, pois permitiu cruzar várias gerações de nadadores e veio possibilitar aos mais novos outras experiências e novos conhecimentos», referiu o profissional da SFUAP, que há mais de 40 anos participa na Travessia. «Esta competição é muito descontraída, Sesimbra é uma terra muito acolhedora e esta prova marca também o início da preparação dos meus atletas, e este ano quase toda a equipa participou».
Para o nadador e treinador, que na travessia do Estreito de Gibraltar conseguiu uma marca que prevaleceu como melhor tempo mundial durante 46 anos, entre 1962 e 2008, «a Travessia da Baía é a prova mais bem acolhida pelos atletas, a mais antiga, a mais clássica e a mais tradicional do nosso país».
Organizada pela Câmara Municipal de Sesimbra a Travessia da Baía contou com o apoio do Clube Naval, Delegação Marítima, Bombeiros Voluntários, Polícia Marítima, Associação de Natação de Lisboa, Continente e Águas São Silvestre.
Classificações Finais