Munícipes de Azoia querem Cabo Espichel revitalizado
Os moradores presentes destacaram o espaço de culto religioso como aquele que deveria obter maiores esforços de concretização, graças à sua localização e religiosidade ímpares.
A instalação de mais lojas de artesanato e de alojamento, a construção de sanitários, a abertura de espaços de restauração e a modificação do piso do terrado foram algumas das propostas apresentadas para fazer do Cabo Espichel um local de peregrinação como Fátima, Lourdes ou Santiago de Compostela.
A possibilidade do investimento passar pela Câmara Municipal foi abordada por um munícipe que considerou preferir «um esforço financeiro da Câmara Municipal neste momento que será recuperado com receitas daqui a 10 anos».
Uma opção que não foi afastada pelo presidente da autarquia, Augusto Pólvora, mas que deverá ser agilizada com os actuais proprietários e responsáveis do local. Nesse sentido, a Câmara tem estão em negociações com o Estado, o principal proprietário deste espaço, para que seja feita uma cessação, por tempo determinado ou indeterminado, que permita à autarquia ser esta mesma a realizar obras de requalificação, manutenção e revitalização.
«Estamos a preparar uma candidatura ao Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), em parceria com o Parque Natural da Arrábida, para a revitalização do terrado, da Mãe d’Água e do aqueduto, uma proposta que deverá ser entregue até 31 de Julho», anunciou Augusto Pólvora na sessão, que decorreu no Grupo Desportivo União da Azoia.
Além disso, o presidente da autarquia também enumerou algumas intervenções que irão ser feitas no Cabo Espichel ainda este ano, nomeadamente a instalação de um posto de transformação de electricidade, que permitirá iluminar as várias valências do espaço, a caiação das fachadas e emparedamento das janelas da ala norte.
Outras das reivindicações pedidas pelos munícipes da Azoia foram a marcação da estrada de acesso ao Cabo Espichel, a iluminação da rua da Foz, o excesso de lixos e entulhos nas ruas e o asfaltamento das vias que têm sido alvo de intervenção para instalação da rede de saneamento “em alta”.
Apesar de ter sido a reunião menos participada até agora, os 15 moradores presentes intervieram activamente na discussão e propuseram várias melhorias que o executivo aprovou de imediato. Os participantes realçaram ainda o esforço da Câmara Municipal em envolver mais a população nas escolhas e decisões do poder local e a «forma simpática» como as opções participadas têm chegado a cada cidadão.
Augusto Pólvora comprometeu-se perante os munícipes presentes a assegurar o asfaltamento da estrada assim que a primeira fase de saneamento esteja concluída e na marcação desta mesma para facilitar a circulação automóvel.
Na sessão decorrida no dia 28 de Maio, o delegado escolhido para representar a Azoia foi Miguel Rodrigues, que recolherá agora os pedidos da população até ao mês de Setembro, altura em que serão realizados novos foros territoriais para informar os munícipes das obras seleccionadas a partir das Opções Participadas.
Este ano, a verba disponibilizada para a aldeia de Azoia foi de cerca de 12 mil euros, valor retirado dos 223 mil euros que serão atribuídos à freguesia do Castelo.
Relativamente às obras destinadas no OP do ano passado, Augusto Pólvora garantiu que os melhoramentos do parque infantil da escola básica estarão terminados a tempo do início do ano lectivo e que o novo parque infantil da Azoia deverá abrir ao público no final do mês de Julho.
O presidente da Câmara Municipal justificou o facto das obras ainda não estarem concluídas devido à integração destas mesmas no Orçamento Municipal para 2008. Como normalmente só se começa a trabalhar com os novos orçamentos a partir de Fevereiro, muitas obras acabam por arrancar apenas no segundo semestre.