Museu Subaquático de Sesimbra para breve
Trata-se de um projecto que concilia dinamização da actividade de mergulho em no fundo do mar de Sesimbra, reconhecidamente um dos mais belos da Europa, com a divulgação da história marítima da região e de Portugal.
O Museu, que começará a ganhar forma durante o Verão, ficará situado numa zona conhecida como Mar da Pedra, uma enorme laje localizada em frente à Fortaleza de Santiago, a cerca de 300 metros da praia e a oito de profundidade.
Tendo em conta que não se trata de um espaço museológico convencional, as visitas estarão condicionadas a mergulhadores ou a grupos de visitantes devidamente orientados por entidades de mergulho certificadas para o efeito.
Na zona delimitada para instalação deste espaço museológico serão colocados canhões, âncoras e cepos romanos, recolhidos não só na costa de Sesimbra mas de todo o país.
Ao todo, cerca de duas dezenas de achados arqueológicos irão dar forma a este Museu. Importa referir que 80 por cento dos cepos romanos encontrados em Portugal são oriundos das águas sesimbrenses.
Antes de se iniciar o processo de afundamento dos objectos terá de ser feito o mapeamento do local, para que seja definida a localização e organização exacta das peças, complementadas com placas informativas em português e inglês.
A limpeza e manutenção do Museu ficará a cargo das escolas de mergulho de Sesimbra através de uma bolsa de voluntários, todos certificados para a função que vão desempenhar.
O Museu Subaquático vai funcionar em sintonia com o novo Museu do Mar, que abrirá portas em 2011, na Fortaleza de Santiago onde, para além de existirem exposições e uma área dedicada às ciências experimentais, será possível conhecer através do espaço de terra o que está no fundo da Baía de Sesimbra.
A criação de um Museu Subaquático será um passo importante no o arranque dos trabalhos da carta arqueológica subaquática de Sesimbra. Para
Outro dos projectos em estudo, e que visa tornar a costa de Sesimbra ainda mais atractiva para o mergulho, é o afundamento de um navio, que poderá ser da armada ou pesqueiro.
O afundamento de navios, depois de devidamente preparados para o efeito (desmantelados e sem quaisquer peças que possam ser poluentes) é um processo frequente em destinos que pretendem dinamizar a actividade de mergulho, visto que permite formar um recife artificial onde se desenvolve uma imensa variedade de vida marinha.
Esta ideia, que em Portugal apenas já foi posta em prática na Madeira, pode significar um grande impulso para o turismo.