Noites de Verão na Vila
Historial sobre o grupo…
À primeira vista, não há quaisquer semelhanças entre um rancho folclórico e um grupo de danças de corte medievais e renascentistas.
Na Quinta do Conde, os membros do Rancho Folclórico Humanitário mostraram que não é bem assim. Desafiados pela Câmara Municipal a participar num projecto cultural, decidiram, sem receios, experimentar as danças antigas e acabaram por se apaixonar pela ideia.
Tudo começou no Verão de 2007, quando a autarquia convidou um conjunto de associações a visitar uma recriação histórica no Mercado Medieval de Óbidos. O espectáculo deixou-os entusiasmados e alguns meses depois ensaiavam os primeiros passos de Branles, Pavanas, Carolas e outras danças de época nas instalações do Centro Comunitário da Quinta do Conde, instituição que entretanto decidiu apostar na criação do grupo.
Orientados por Leonor Beltrán, professora de dança na Escola Superior de Educação de Lisboa e formanda do mestre italiano Maurício Padovan, rapidamente perceberam que as coreografias e passos do folclore não estavam assim tão longe dos da dança antiga. Depois da adaptação ao novo ritmo e de longas e intensas horas de ensaio, foi necessário encontrar um nome para o grupo.
Após animado debate foi aprovado Grupo de Danças Antigas Condes de Sesimbra, homenagem ao Conde de Atouguia, que deu origem ao topónimo Quinta do Conde, e ao município. Com esta designação apresentaram-se pela primeira vez no local onde tudo começou: o Mercado Medieval de Óbidos. O espectáculo correu muito bem mas o que mais impressionou o público foi a beleza e rigor dos fatos, que tiveram por base uma pesquisa de trajes dos séculos XV e XVI e originaram uma sessão fotográfica espontânea, que foi um verdadeiro acontecimento.
Regressados a Sesimbra, actuaram no encerramento das Jornadas Medievais e na apresentação da Carta Arqueológica, na Fortaleza de Santiago. O apoio à criação deste grupo é parte integrante de um projecto municipal de formação artística dirigido ao movimento associativo, através do qual a Câmara lança desafios tanto para o desenvolvimento cultural como para a diversificação de actividades, sobretudo em áreas relacionadas com a divulgação da história e do património do concelho.