O Promar na Península de Setúbal: Resultados e Perspetivas de Futuro
Sesimbra acolheu, no dia 2 de dezembro, o seminário O PROMAR na Península de Setúbal: Resultados e Perspetivas de Futuro, iniciativa da Associação para o Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal (ADREPES) que reuniu mais de oitenta participantes, entre pescadores e entidades ligadas ao mar de toda a região.
A ação, que decorreu no Auditório Conde de Ferreira, teve como objetivo fazer o balanço da aplicação do Eixo 4 – Desenvolvimento Sustentável das Zonas de Pesca do PROMAR no território e analisar as linhas de orientação no período de programação 2014/2020.
Na abertura do encontro, Augusto Pólvora, presidente da Câmara Municipal, agradeceu à ADREPES a escolha de Sesimbra para acolher o seminário. «O nosso concelho tem muita importância neste contexto das pescas e o Porto de Sesimbra é o mais importante deste território, por isso faz todo o sentido estramos aqui hoje reunidos». Isabel Conceição, presidente da ADREPES, agradeceu o apoio da Câmara Municipal de Sesimbra e da Mútua dos Pescadores, que facilitaram a aproximação desta associação de desenvolvimento aos pescadores, e lembrou ainda que no início a ADREPES estava virada apenas para a ruralidade mas, «em boa hora, alargou a sua ação ao mar e à pesca».
Elizete Jardim, diretora da Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo destacou o sucesso do programa da ADREPES e justificou esse êxito pelo facto de congregar no mesmo território atores de diversos setores desse mesmo território.
Abílio Lima, da Team Europa, por sua vez, abordou o futuro e a sustentabilidade do setor das pescas nos próximos anos. «É importante termos presente que o mar representa 71 por cento do planeta e que é património mundial e todos temos o dever de o preservar».
Natália Henriques, técnica da ADREPES, deu a conhecer os diversos projetos realizados na península, cujas candidaturas foram apresentadas com apoio da ADREPES. «Estes projetos são os rostos de um percurso iniciado em 2008 quando apresentámos a estratégia para esta região costeira. Foi um processo moroso mas com frutos e agora, em 2015, podemos dizer que quase todas as candidaturas por nós apresentadas foram aprovadas», referiu. O Centro de Dia do ABAS, a sede da Sociedade Musical Sesimbrense ou o Cabaz do Peixe, são apenas alguns exemplos que se tornaram uma realidade.
No final, os presentes foram convidados a degustar uma merenda que juntou na mesma mesa produtos da terra e do mar. «Estamos num território onde abunda uma grande diversidade de produtos que tão bem caraterizam esta região», concluiu Isabel Conceição, da ADREPES. Hamburgers de cavala, patés de peixe, filetes de peixe-espada preto, queijo e pão da Azoia e farinha torrada foram algumas das propostas apresentadas.