SAÚDE: Vigília contra redução do horário do SAP
Com cartazes onde se liam mensagens como As Urgências não têm Hora Marcada, Não Aceitamos Défice de Saúde ou A Saúde é um Direito e não um Negócio, e com bandeiras negras, os cidadãos deixaram a garantia de que não vão baixar os braços a uma situação que lhes foi imposta.
A medida tomada pela Administração Regional de Saúde (ARS) apanhou de surpresa a autarquia, juntas de freguesia e comissão de utentes. «A Câmara Municipal recebeu a comunicação oficial de que o serviço de saúde ia ser reduzido apenas a três dias da sua entrada em vigor», adiantou o presidente da autarquia, Augusto Pólvora, acrescentando que «esta medida foi tomada de forma traiçoeira, sem termos sido ouvidos».
O autarca lembrou ainda, no decorrer da vigília, que Sesimbra responde aos pressupostos exigidos pelo governo para manter um serviço de urgência aberto 24 horas por dia e que por isso não compreende a decisão do encerramento.
«Há quatro anos passámos por processo semelhante, fomos ouvidos e conseguimos chegar a uma solução», lermbrou o autarca. «Desta vez esperamos também que o responsável por esta situação, o Sr. Ministro, o responsável pela ARS e todos os responsáveis pela saúde oiçam a voz de indignação de Sesimbra e expliquem porque foi tomada esta medida», afirmou. Esta é uma luta de todos os sesimbrenses e estamos indignados com a situação».
Indignação igual à de Florindo Paliotes, presidente da Comissão de Utentes de Sesimbra, que salientou a necessidade de um serviço de qualidade integrado no serviço nacional de saúde. «As urgências não têm hora marcada. O SAP é um serviço que dá resposta às necessidades da população e como tal tem que estar aberto 24 horas por dia. A população merece e precisa de um serviço de qualidade e a luta não termina nesta vigília», adiantou o responsável, salientando que «da parte da comissão tudo será feito para que esta situação se altere».
Para a presidente da Junta de Freguesia de Santiago, Ana Cruz, conhecedora da realidade da população é «inadmissível que peçam à população, maioritariamente idosa, e com carências financeiras e de mobilidade, que percorra 30 quilómetros para ser assistida».