CAIES debateu Valorização do Produtor
Produtores de Maçã Camoesa e representantes de diversas entidades marcaram presença na Conferência Valorização do Produtor, realizada no dia 21 de outubro, na Sala de Formação do Centro de Apoio à Incubação de Empresas de Sesimbra (CAIES), em Santana. A iniciativa integrou a Mostra de Maçã Camoesa, Doçaria e Pão, que se realizou nos dias 12 e 13 de outubro, na Moagem de Sampaio.
«A Mostra da Maçã Camoesa, em cujo programa se integra esta conferência, faz parte da estratégia que se tem seguido ao longo dos anos com o objetivo de promover e valorizar os produtos locais, como a Maçã Camoesa, o Pão Caseiro de Sesimbra, a Farinha Torrada ou o mel, mas também o próprio produtor», sublinhou o presidente da Câmara Municipal, Francisco Jesus, na sessão de abertura. Um objetivo que, continuou, «contribui igualmente para valorizar o concelho».
Por sua vez, Maria Gomes, presidente da Junta de Freguesia do Castelo, destacou o contributo das várias entidades parceiras para o sucesso da Mostra da Maçã Camoesa, o envolvimento dos produtores de Maçã Camoesa e a aposta nos produtos locais «que podem originar riqueza para o concelho», disse, acrescentando que Sesimbra produz atualmente 20 toneladas de Maçã Camoesa por ano.
A conferência abordou diversas matérias de interesse para produtores e para a economia local, nomeadamente, os financiamentos disponíveis para a agricultura, apresentados por Natália Henriques, da Associação de Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal (ADREPES), bem como o Estatuto da Economia Familiar, apresentado por Manuel Meireles, delegado regional da Península de Setúbal da Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo (DRAPLVT), que destacou a mais-valia do reconhecimento deste estatuto no acesso a vários apoios por parte dos produtores.
O responsável da DRAPLVT alertou ainda para a ameaça fitossanitária da bactéria Xylella Fastidiosa, que pode provocar sérios prejuízos para o setor agrícola e para o equilíbrio da biodiversidade, e deu a conhecer os sinais de identificação desta bactéria, e os procedimentos que devem ser adotados pela população, com vista à contenção e eliminação de eventuais focos desta doença, que afeta cerca de 150 espécies de arbustos, herbáceas, árvores, algumas das quais de grande importância na economia nacional, como a oliveira, o sobreiro, a videira, a cerejeira, a amendoeira e a nogueira, entre outras.
A iniciativa foi ainda preenchida com o anúncio dos vencedores do concurso 100 Macieiras de Maçã Camoesa, e a apresentação do painel As Maçãs na Nossa Saúde, pela nutricionista Lilian Abreu, que falou de algumas das principais propriedades da Maçã Camoesa. No final foram apresentados testemunhos de produtores desta maçã tradicional de Sesimbra.
A Mostra de Maçã Camoesa, Doçaria e Pão decorreu nos dias 12 e 13 de outubro, na Moagem de Sampaio. O certame reuniu produtores de Maçã Camoesa, doçaria e pão, e foi preenchido com um vasto conjunto de iniciativas, entre as quais showcookings, provas, animação musical, uma visita guiada a três moinhos da região e uma exposição com centenas de maçãs elaboradas pelos alunos das escolas do concelho.
A Mostra da Maçã Camoesa, Doçaria e Pão foi organizada pela Câmara Municipal, Junta de Freguesia do Castelo e Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo (DRAPLVT), em parceria com a Associação para o Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal (ADREPES) e o Orçamento Participativo Portugal.